
Emater-MG local ensina como
imunizar galinhas caipiras
contra Bouba Aviária e
Doença de Newcastle
Um projeto que incentiva
a prevenção de doenças
graves em galinhas, muitas
vezes fatais, vem desde
abril reduzindo o índice de
mortalidade dessas aves em
algumas comunidades rurais
de Bandeira, no Vale do
Jequitinhonha. A informação
vem do escritório local da
Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural do
Estado de Minas Gerais
(Emater-MG). A empresa
desenvolve, em parceria com
o município, uma campanha de
vacinação contra duas das
principais doenças que
costumam acometer essas aves
domésticas.
“Temos um nível de
mortalidade muito elevado na
avicultura de subsistência
do município, em decorrência
da Bouba Aviária e da
Doença de Newcastle.
Então esse é um trabalho
preventivo. A prefeitura
fornece as vacinas para
essas doenças e nós
ensinamos como se faz a
aplicação das doses.
Reunimos um grupo de
interesse na comunidade e
damos um curso. Informamos
sobre a doença, os sintomas,
o tratamento. Após a
palestra, fazemos uma
demonstração com a vacina,
imunizando as galinhas
caipiras da comunidade”,
explica o extensionista
agropecuário da Emater-MG,
Mateus Queiroz.
A iniciativa, que também
inclui a orientação técnica
para o manejo e obtenção de
uma produção com boa
qualidade de carnes e ovos,
já conseguiu imunizar cerca
de 500 aves em cinco
comunidades rurais,
beneficiando entre 40 a 50
famílias locais, segundo
Queiroz. “Vamos repetir as
doses num prazo de seis
meses. A meta é contemplar
todas as 11 comunidades
rurais de Bandeira até o
final deste ano, fazendo a
profilaxia de 1.100 aves”,
afirma o extensionista
agropecuário. O escritório
da Emater-MG de Bandeira
atende em média cerca de 900
agricultores familiares.
De acordo Mateus Queiroz,
embora a bovinocultura de
leite e corte seja a
principal atividade
econômica do município, a
avicultura cumpre importante
papel social em Bandeira,
pois é fonte de renda e
alimentação da agricultura
familiar. “O agricultor já
tem o hábito de seguir as
campanhas de vacinação de
aftosa e de raiva bovina,
então já sabe a importância
deste trabalho preventivo,
que pode ser expandido
também para a avicultura de
subsistência”, justifica.
Segundo Mateus, desde o
começo da ação, não foi
constatada a morte de
nenhuma ave nas comunidades
atendidas.
